Para se chegar a este ponto, muitos estragos de monta foram feitos. Na justiça, o «segredo» respectivo transformou-se numa anedota. Há violações e fugas a toda a hora, que parecem orquestradas milimetricamente por «mãos invisíveis». Letal para qualquer Estado de direito. E os advogados continuam a falar pelos cotovelos. No jornalismo, poucos escapam a tentação de serem os primeiros, mesmo que mal, mesmo que muito mal, para já não falar nos casos de jornalismo de esgoto, em que todos os limites de equilíbrio e bom senso são mandados às malvas em nome da sacrossanta concorrência ou de eventuais interesses mais obscuros do que aquela.
Sejamos claros: em casos-limite, boa parte dos media portugueses não se sabe «auto-regular» sob o ponto de vista jornalístico. Talvez quando levarem com uma revista Lei de Imprensa na cabeça acordem de vez.