novembro 30, 2007

Folhas de Outono

Folhas de Outono
© Helder Bastos
Porto, 2007

novembro 27, 2007

Videograma: Palombella Rossa, um filme de estalo

Há entrevistas que só ao estalo merecem respostas. Nesta cena, retirada do magnífico Palombella Rossa, filme em que Nanni Moretti questiona, de forma absolutamente madura, irónica e autocrítica a (sua) condição comunista (ex-comunista?), Michele, a personagem principal, vocifera: «Veja como fala! As palavras são importantes!!!». Os estalos caem logo após a jornalista usar palavras pretensiosas, estrangeiradas, como kitsch e cheap:

novembro 26, 2007

Casa da Música

Casa da Música
© Helder Bastos
Porto, 2007

novembro 21, 2007

Ou de como como a religião envenena tudo

Há dias, o Público fez uma pré-publicação de Deus não é grande - Como a religião envenena tudo, um livro de Christopher Hitchens, jornalista, colaborador da revista Vanity Fair e professor convidado de estudos liberais na New School.

O título, ajudado pelo texto pré-publicado, é um toque a rebate para a leitura da obra. O resumo, então, acaba com qualquer margem para hesitações, sobretudo para quem é laico e se identifica de imediato com a formulação, propícia a causar azia nos crentes, seja de que religião forem:

«Neste eloquente debate com os crentes, Christopher Hitchens apresenta argumentos contundentes contra a religião (e a favor de uma abordagem mais laica da vida), através de uma leitura atenta e erudita dos textos religiosos mais importantes.

Hitchens conta a história pessoal dos seus encontros perigosos com a religião e descreve a sua viagem intelectual para uma visão laica da vida, baseada na ciência e na razão, na qual o Céu é substituído pela panorâmica maravilhosa que o telescópio Hubble nos proporciona do universo, e Moisés e o arbusto em chamas dão lugar à beleza e simetria da hélice dupla. «Deus não nos fez», escreve ele. «Nós fizemos Deus.»

Explica que a religião é uma distorção das nossas origens, da nossa natureza e do cosmos.

Prejudicamos os nossos filhos – e colocamos o nosso mundo em perigo – ao doutriná-los.» (Dom Quixote)

Este, é o livro que se segue. Para ver se a prosa está à altura da grandeza do título.


A ver:
Palestra de Christopher Hitchens sobre religião

novembro 20, 2007

Um livro para os outros*

Os tempos são de individualismo e consumismo. Cada um por si. Alguém que se preocupe com os outros. Mas, serão felizes as pessoas que vivem apenas para si ou, quando muito, para os que lhes são mais próximos? Peter Singer acha que não. E escreveu um livro sobre o assunto.

O professor de bioética na Universidade de Princeton parte de perguntas retóricas simples: Como havemos de viver? Há ainda alguma coisa pela qual viver? Haverá algo a que valha a pena dedicarmo-nos, além do dinheiro, do amor e da atenção à nossa família? A resposta é: sim. Como? Vivendo «uma vida ética».

Para percebermos, com rigor, o que é, na visão do autor, «viver uma vida ética», temos de perceber as suas posições relativamente à avidez generalizada pelo dinheiro, ao consumismo impulsivo e desenfreado, ao vazio deixado pelo recuo da moral, ao egoísmo natural (ou não) dos homens, à natureza da ética. Estes temas são percorridos, com desenvoltura e clareza, ao longo de toda a obra.

Então, ”Como havemos de viver?” «Aqueles que agem eticamente escolhem um modo de vida alternativo, contrário à procura tacanha, acumuladora e competitiva do interesse próprio, que, como vimos, domina agora o Ocidente e já não é posta em causa nem nos antigos países comunistas.»

Moral da história deste livro: pensem um pouco mais nos outros para o bem-estar de todos.


*Texto publicado originalmente no jornal universitário À Letra

novembro 17, 2007

Fotograma: Irène Jacob e Philippe Volter

Irène Jacob e Philippe Volter fotografados por Slawomir Idziak no filme A Dupla Vida de Véronique, de Krzysztof Kieslowski.

novembro 13, 2007

novembro 12, 2007

O regresso de Lipovestky

Certos autores são como velhos amigos: a garantia de um prazer renovado a cada novo encontro. Lipovestky é um deles. O ensaio A Felicidade Paradoxal chegou-nos há pouco:

«Numa sociedade em que a melhoria contínua das condições de vida materiais praticamente ascendeu ao estatuto de religião, viver melhor tornou-se uma paixão colectiva, o objectivo supremo das sociedades democráticas, um ideal nunca por demais exaltado.

Entrámos assim numa nova fase do capitalismo: a sociedade do hiperconsumo. Eis que nasce um terceiro tipo de Homo consumericus, voraz, móvel, flexível, liberto da antiga culturas de classe, imprevisível nos seus gostos e nas suas compras e sedento de experiências emocionais e de (mais) bem-estar, de marcas, de autenticidade, de imediatidade, de comunicação.

Tudo se passa como se, doravante, o consumo funcionasse como um império sem tempos mortos cujos contornos são infinitos. Mas estes prazeres privados originam uma felicidade paradoxal: nunca o indivíduo contemporâneo atingiu um tal grau de abandono.» (Edições 70).

novembro 10, 2007

Björk com toque dos Radiohead

Os trabalhos de Björk em vídeo são, como é sabido, espantosos. Ela coloca um cuidado plástico extremo e refinado nas imagens em movimento que escolhe para as suas músicas. Exemplo acabado é este vídeo produzido para o tema, soberbo, Unravel, extraído de Homogenic, um dos melhores álbuns da cantora islandesa:

Agora, atente-se nesta versão, produzida no âmbito da preparação para um webcast e manifestamente bem conseguida, dos Radiohead para este mesmo tema de Björk:

novembro 05, 2007

O professor de arte

Letra inspirada, uma boa história contada. Ao piano, paleta de sons de inspiração Philip Glass. A canção é simples. O resto é Rufus.

novembro 02, 2007

Um dia para recordar Chick Corea


Chick Corea: piano
John Patitucci: contrabaixo
Dave Weckl: bateria