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abril 22, 2007

A história dos EUA contada por uma bala

Uma breve história, em desenho animado, dos Estados Unidos. Dos peregrinos à criação da National Rifle Association, liderada por esse grande actor pistoleiro chamado Charlton Heston. A apresentação está a cargo de uma bala. Ou de como os EUA amontoam 10 mil mortos por ano, vítimas de armas de fogo, vendidas toma-lá-dá-cá a qualquer puto marado da Virgínia. De Michael Moore, o provocador-mor dos States:


janeiro 22, 2005

O verdadeiro humorista

Qual Jay Leno qual quê! O verdadeiro humorista da América chama-se Michael Moore e passa hoje, com o seu "show" pertinentemente crítico, divertido e corrosivo, no canal por cabo AXN, às 16 horas.

A televisão dos nossos dias é assim: temos de andar a pescar umas poucas pérolas no meio de toneladas de lama e lixo.

agosto 27, 2004

Um murro no estômago

Fahrenheit 9/11 não é um documentário, não é um filme, nem sequer é um panfleto de desinformação, como muitos pretendem: é um manifesto apaixonado anti-Bush, uma violenta diatribe contra a guerra do Iraque, um libelo contra o actual sistema político dos EUA. Enquanto manifesto em forma de imagens, necessariamente subjectivo, é brilhante e eficaz.

Se tivesse de fazer um 'filme', qualquer cidadão do mundo com gosto pelas imagens em movimento e com asco pelo perfil sinistro dos neoconservadores sentados hoje na Casa Branca faria uma coisa parecida com a obra de Michael Moore. Fahrenheit é apaixonado, visceral, impiedoso, feito de raiva. Por isso faz tanta espécie a intelectuais de estirpe vária e, em particular, a conservadores de sacristia.

Fahrenheit é um murro no estômago. Expõe, por vezes com algum humor, mentiras, hipocrisias, negociatas e histórias mal contadas, quase todas com origem na Casa Branca. Coincidências? Oxalá este 'filme' contribua para arejar a cabeça de muita da populaça americana, mantida meio sonâmbula à custa de uma televisão estúpida, dócil e patriótica, e afogada numa vida de trabalho, competição e consumo alienantes.

O grande drama da América, como aliás de muitas democracias ocidentais, é que o povo não faz a mínima ideia (e muitas vezes está-se maribando) do que os seus governantes andam a fazer. A própria oposição, isto é, os democratas, também andam por lá meio perdidos nos corredores do poder. São todos uns grandes patriotas, cheios de bandeirinhas nas janelas.

Fahrenheit é o relato das aventuras de um bandido do petróleo, George W. Bush, e das suas cumplicidades com os bin Laden e outros muchachos pouco recomendáveis. Mas, mais que nos ajudar a ficar com uma ideia abaixo de cão do «homem mais poderoso do planeta», o manifesto de Moore contribui para aumentar em nós a sensação de que os EUA são, nesta fase da sua história, um caso perdido.

julho 29, 2004

Porrada velha no Bush

Chamem-lhe os nomes que quiserem. Apontem-lhe os defeitos que pretenderem. Insultem Michael Moore, se vos aprouver. Mas vão ver Fahrenheit 9/11. É um acto de cidadania global.

dezembro 14, 2003

O bowling de Michael Moore

Este filme-documentário-denúncia é, a todos os títulos, imperdível. Bowling for Columbine está agora disponível, pela mão da Atalanta, num DVD que, para além do documentário de duas horas de duração, reúne uma série de intervenções e entrevistas do realizador que nos permite construir um quadro mais apurado dos valores e das motivações que movem Moore a dar cabo do «sistema» dos States, pátria de uma violência diária desmedida, em grande parte baseada na livre proliferação de armas de todos os calibres. O documentário começa com a ida do próprio Moore a um banco onde a abertura de uma conta dá direito a uma oferta muito especial: uma arma. Num banco!

Recordam-se? Foi Michael Moore que subiu ao palco dos Oscares para dizer, de prémio da Academia na mão, «Shame on you, Mr Bush, shame on you!», a propósito da invasão do Iraque pelas tropas da «coligação» liderada pelos EUA. A pose frontal, por vezes brutal e directa, é a imagem de marca deste jornalista-realizador, um pesadelo de peso dos conservadores (e que conservadores inenarráveis!) norte-americanos. O actor Charlton Heston, presidente da mais importante associação de armas dos Estados Unidos, que o diga.

A tentação de seguir as pisadas que Moore dá na cultura de violência - histórica, estrutural - do seu país é grande. Ele utiliza o argumento e a sedução em doses iguais. É absolutamente demolidor no retrato que faz dos instintos de ataque e de defesa dos seus concidadãos. O ponto de partida, o «clique» que o fez avançar para este mergulho no lado negro e difícil de explicar da América, foi o já tristemente célebre tiroteio no liceu de Columbine.

Vale a pena. Vale mesmo a pena ficar acordado até às cinco da manhã a ver Bowling for Columbine de uma ponta à outra da América.