Um par de senhoras, passo apressado, um pouco nervoso, dobra uma esquina chuvosa do Porto. Chove a potes na cidade. Perto da Rua da Constituição, uma delas, com sotaque obviamente não tripeiro, desabafa: «As pessoas do Porto são umas porcas!»
É um belo exercício contemplativo, este, na cidade Invicta: ver as pessoas, dançando em bicos de pés, como quem baila ansiosamente de nenúfar em nenúfar, procurando evitar pisar as intermináveis filas de merda de cão semeadas pelos passeios.