janeiro 20, 2004

Maus fígados

O embaixador de Israel na Suécia foi a um museu, sueco, e, pelas próprias mãos, tentou destruir uma obra de arte. Nela, vê-se a foto de uma suicida palestiniana em cima de um barquinho num pequeno tanque cheio de água cor de sangue. O autor da instalação, israelita, explica que a sua intenção é apenas mostrar o que pessoas sós e desesperadas são capazes de fazer.


O embaixador, fazendo a sua própria intepretação da obra em causa, sentindo-se ofendido, uma ofensa ao seu próprio povo, desatou ali a partir aquilo tudo. Cena patética. Para já, a um embaixador, qualquer embaixador, exige-se outro nível de comportamento e de decoro. Depois, qualquer cidadão civilizado e culto sabe conviver com a liberdade artística. Quando não gosta, pode criticar. Mas este embaixador puxou do estilo Sharon e tratou ali do mesmo do assunto.


E depois admiram-se de o anti-semitismo andar por aí nos tops de popularidade na Europa...