outubro 28, 2004
Site do Clube de Jornalistas
outubro 26, 2004
O comissariado mata
Cadeira eléctrica
O cargo de director do DN é agora uma cadeira eléctrica. Quem para lá for, queima-se.
outubro 23, 2004
Criaturas dos média
Uma escolha intrigante
outubro 21, 2004
De leituras: valores jornalísticos
outubro 20, 2004
Gente perigosa
O ministro Morais Sarmento veio agora assumir que «deve haver uma definição por parte do poder político acerca do modelo de programação do operador de serviço público» e que deve «haver limites à independência» dos operadores públicos. Donde, para ele, é o governo que deve responder pela RTP, mesmo ao nível da informação. Credo!
Todos estes meios estão hoje ao alcance de gente manifestamente perigosa, perigosa porque tem a noção exacta do que está a fazer com o poder que tem e não tem vergonha na cara. Gente para quem a manutenção no poder é prioridade suprema, custe o que custar ao país, às liberdades e aos cidadãos.
outubro 17, 2004
Burocracia assombrosa
Gerrit Komrij, escritor holandês, em Um Almoço de Negócios em Sintra.
outubro 14, 2004
Clara no DN?
A confirmar-se, é uma excelente notícia. Segundo adianta hoje o Jornal de Negócios, Clara Ferreira Alves é a nova directora do Diário de Notícias. Trata-se de uma boa notícia por várias razões.
Primeira: Ferreira Alves é uma jornalista. Vai substituir no cargo um assessor, que foi posto por engano à frente do DN, com os resultados desastrosos que se conhecem, em termos de desgaste de credibilidade do título e quebra acentuada de vendas.
Segunda: ela escreve lindamente. Tem uma cabeça arejada e uma prosa de primeira água. A "Pluma Caprichosa" não tem papas na língua.
Terceira: Esperemos que a notícia do Jornal de Negócios, Clara Ferreira Alves é a nova directora do «Diário de Notícias», se concretize mesmo.
Leitores de jornais cautelosos com blogues
Esta é a síntese principal das respostas que leitores de jornais deram a um grupo de editores nos Estados Unidos. A sondagem foi feita pela Associated Press Managing Editors' National Credibility Roundtables Project.
Os leitores que consideram os blogues importantes dizem que os bloguistas discutem estórias que os jornalistas dos media tradicionais ignoram (uma realidade sobremaneira patente em Portugal) e mostram vontade de questionar as decisões que as cadeias de informação tomam.
Ligações
APME Survey: Newspaper Readers Use Blogs Cautiously
outubro 13, 2004
De ouvido: Rammstein
É preparar os ouvidos para o metal e ver o clip do tema Amerika (no fundo da página que aparece, clicar na opção webclips). Amerika ist Wunderbar!
outubro 12, 2004
Concentração dos media: o grande mal
Entretanto, graças à absoluta inépcia política dos governos PS e PSD nesta área, a par dos fretes que trataram de fazer a grupos empresariais, o maior dos males está feito e nem uma super-Alta Autoridade será capaz de contornar os enormes problemas levantados pelo simples facto de a maioria dos media que contam para o Totobola estarem hoje nas mãos de menos de meia dúzia de grandes "patrões". Nunca passou por estas cabecinhas partidárias o mal que daqui advém para a boa saúde democrática da própria sociedade. Enfim, trocos. Pode Jorge Sampaio continuar a sonhar com o fim da "censura"...
A maior factura paga pela concentração excessiva dos media (problema que não é exclusivo de Portugal, longe disso) é paga pelos jornalistas, amordaçados entre os ditames empresariais, em geral mais fortes do que os princípios jornalísticos, e a necessidade absoluta de manter o posto de trabalho face a um mercado de emprego saturado, medíocre e sem grandes hipóteses de escolha. O pânico de "ficar queimado" anda à solta.
Os jornalistas estão calados, receosos, divididos, profissionalmente desregulados, e ainda por cima mal representados pelo Sindicato dos Jornalistas. Mas há muito boa gente por essas redacções fora que acha que assim é que está bem. Então, está bem.
outubro 10, 2004
Bordoadas
E ainda esta notícia do Público: "Nomeação de Delgado provoca demissão de Silva Peneda da Lusomundo Media".
Isto está bonito, não está?
outubro 08, 2004
Liberdade e servidão
Gotta Serve Somebody
Bob Dylan
You may be an ambassador to England or France,
You may like to gamble,
you might like to dance,
You may be the heavyweight champion of the world,
You may be a socialite with a long string of pearls
But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.
You might be a rock 'n' roll addict prancing on the stage,
You might have drugs at your command, women in a cage,
You may be a business man or some high degree thief,
They may call you Doctor or they may call you Chief
But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.
You may be a state trooper, you might be a young Turk,
You may be the head of some big TV network,
You may be rich or poor, you may be blind or lame,
You may be living in another country under another name
But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.
You may be a construction worker working on a home,
You may be living in a mansion or you might live in a dome,
You might own guns and you might even own tanks,
You might be somebody's landlord, you might even own banks
But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.
De leituras: liberdade de imprensa
outubro 07, 2004
Cantando e rindo
Enfim, cantando e rindo, o país vai-se afundando, alegremente.
outubro 06, 2004
Estamos a chegar à Madeira...
Infelizmente, meu caro Dâmaso, estamos mesmo a chegar à Madeira...
outubro 05, 2004
A negação da besta
De olhares: Margot num flash
Pois bem, não foi sem grande surpresa que, ao passar por um quiosque de uma rua do Porto, deparo com a bela Adjani, ícone deste filme, encimada por uma tarja vermelha a dizer "flash!". Flash!? Verdadeiramente flashante é descobrir que "flash!" é nome de uma revista, daquelas que traz na capa Fernanda Serrano fotografada à noite a sair de um hotel. A Fnac precisa de aprender umas coisas com esta gente, que me pôs o DVD nas mãos por 8 euros. Um preço justo. A gente assim não se sente roubada, né?
Posto isto, é muito mau sintoma que uma obra do calibre de A Rainha Margot chegue ao mercado de vídeo por via de uma revista oca. Nesta, como em muitas matérias (cada vez mais, quase todas), o dinheiro fala mais alto. Os escaparates das Fnac e das Worten estão esmagados por oferta hollywoodesca, o que nos deixa, a nós, sem grandes hipóteses de escolha.
A história de Margot começa em 1572. Deve ser por isso.