abril 10, 2004

Tragédia para a humanidade

Assim vai o mundo «seguro» criado por Bush nas notícias da época pascal: mais de 400 mortos em cinco dias de combates em Falluja, no Iraque. A Rússia apela ao fim de «todas as acções militares» naquele país. Os ingleses, com culpas de sobra neste cartório, falam na «mais séria situação» no Iraque desde o anúncio do fim da guerra, leia-se, da invasão. Três reféns japoneses sob ameaça de morte das Brigadas dos Mujahedin. Outros sete estrangeiros terão sido sequestrados.

Roma em estado de alerta antiterrorista. CIA avisa França de que pode sofrer atentado bombista. Ataque com gás venenoso em Sófia: autoridades investigam possível ligação com a presença de militares búlgaros no Iraque. Medidas antiterrosistas tomadas pelo governo de Marrocos acusadas de limitarem a liberdade de expressão. Suicidas islâmicos de Leganés deixaram um vídeo onde aparecem a fazer ameaças a Espanha.

Lindo, não é? Vai ficar lindamente na folha dos altos serviços prestados ao mundo pela dupla de míopes Bush e Blair. Enquanto isso, o presidente dos EUA aparece em vídeos caseiros fingindo procurar armas de destruição maciça debaixo da sua secretária da Sala Oval. Fartou-se de gozar com a cara de pessoas inteligentes, incluindo as do seu próprio país. Agora, como qualquer bom palhaço que já se divertiu o seu bocado a brincar ao «bang bang» com seres humanos a sério, ridiculariza a própria face. Que tragédia para a humanidade, este homem.