dezembro 11, 2003

Pornografia geopolítica

E os falcões de capoeira de Washington lá continuam o seu showzinho de pornografia geopolítica internacional no Iraque. Matam que se fartam, incluindo crianças aos molhos de cada vez. Morrem como tordos, os soldados do Tio Sam e os outros atrelados, apesar de o júnior do Texas ter anunciado ao planeta que este era, há oito meses, um local mais seguro para viver. Tal como o pio Paulo Portas, o homem lá saberá o que a Virgem Santíssima lhe sopra aos ouvidos.


Agora, em mais um episódio grotesco de espírito de saque, o Pentágono, arrogante, ignorante e decididamente sem vergonha, espertalhão, pois claro, decide deixar de fora do bolo da «reconstrução» de um país ilegalmente invadido a França, a Alemanha e a Rússia. Aquela gente parece nunca ter recuperado dos tiques de infância dos filmes de John Wayne.


A cada dia que passa, os States enterram-se na estrumeira que eles próprios criaram do alto do seu poderio militar e da sua total cegueira civilizacional. A história não lhes ensinou nada. A nós, cidadãos comuns, tentam enganar-nos com a cassete do combate ao terrorismo, música a que, neste caso específico da invasão do Iraque, onde os pretextos foram falsos e as «provas» empoladas, só os tolos dão ouvidos.


E o planeta avisado assiste, entre a incredulidade, a raiva contida, o desespero de ver tanta gente néscia com tanto poder nas mãos, à brincadeira dos cowboys com a humanidade.