Duas observações a reter da interessante entrevista (RTP) de Ana Sousa Dias a Wim Mertens. Uma: para o compositor belga, 97 por cento da música actual é intepretação e apenas 3 por cento criação. As percentagens são simbólicas, mas não andarão muito longe da realidade.
Outra: há excessivo academismo, muita escravatura da pauta, que impedem, por exemplo, o aparecimento de vozes mais "autênticas" ou "puras" no panorama musical contemporâneo.