setembro 11, 2004

Veneza não é o Texas

Por este andar contestatário, Portas ainda manda para Veneza, a pedido do seu mui recomendável amigo Donald Rumsfeld, duas corvetas, quatro fragatas e meia dúzia de F-16 comprados em segunda mão aos EUA. No mínimo. Pois o Lido está a transformar-se numa espécie de campo de treino de suspeitos realizadores bota-abaixistas, anti-patrioteiros e, acima de tudo, contra George 'Wrong' Bush. Por sinal, ò ingnomínia, são americaníssimos, o Tim Robbins, o Jonathan Demme, o Spike Lee. E até há um alemão por ali, certamente degenerado e ao serviço de causas obscuras, chamado Wim Wenders.

Tim Robbins: «No plano interno estão a acontecer coisas importantes. Há muitos americanos a pedir explicações sobre as mentiras em relação às armas químicas de Saddam Hussein e as manifestações continuam a aumentar.» (in Público)

Spike Lee: «A verdade é que quando se é cineasta, e alguém inteligente, e quando se está em ano de eleições, é preciso aproveitar as ocasiões para se dizer o que se pensa em relação à administração Bush.» (Ibid.)

Jonathan Demme: «Na condição de americano, sinto que meu país está a ter muitos problemas, acho que nossos líderes nos conduziram num rumo errado, em muitos níveis.» (...) Sinto que nossos líderes realmente querem virar donos do mundo, por duas razões: Uma delas é que há lucros infinitos a serem auferidos pelo facto de ser dono do mundo. Outra é que, pelo facto de você possuir e controlar o mundo, ganha um descanso do medo.» (Reuters)

Wim Wenders: Os EUA são um território «invadido pela propaganda mas privado da verdadeira informação» - «uma 'no man's land' sem cultura, sem contacto com o mundo». (Ibid.)

E que tal bombardeá-los, mr. Wolfowitz?