Salma Hayek assina aqui uma soberba interpretação no papel da pintora mexicana, mulher excêntrica do pintor, mulherengo inveterado e comunista até ao tutano, Diego Rivera.
Nalgumas passagens desta obra, Taymor consegue fundir, numa osmose plástica feliz, o estático das pinturas de Frida com imagens cinematográficas de grande beleza. As cores do México em muito ajudam a compor o ramalhete.
A época vivida por este turbulento casal de artistas é também ela acrescento de fascínio: um Trotski fugido das garras de Estaline à procura conforto no regaço de Frida, uma Paris que tresanda a glamour decadente, uma Nova Iorque de Rockfellers sem sentido artístico «revolucionário». Frida é uma oportunidade para respirar bom cinema. Só é pena ser falado em inglês.