junho 13, 2009

Jóhann Jóhannsson: da Islândia, com melancolia

É conterrâneo de Björk e dos Sigur Rós, mas, musicalmente, revela-se mais requintado, planante e melancólico do que aqueles. Jóhann Jóhannsson produz, compõe e toca vários instrumentos. Apesar de ser considerado um dos mais criativos músicos islandeses, em Portugal pouco se conhece da sua obra. Tentar encontrar discos dele nas Fnac, por exemplo, é missão quase impossível.

Jóhannsson já fez música instrumental para instalações de galerias de arte (à maneira de um David Sylvian) e para peças de teatro. É o caso do seu primeiro álbum a solo, Englabörn, no qual podemos ouvir, com imenso agrado, um quarteto de cordas, percussão, piano e órgão, entre outros instrumentos, belissimamente orquestrados, ou não procurasse o músico «beleza e simplicidade», ao bom estilo nórdico.

Englabörn (2002), cuja capa é já em si reveladora de um certo espírito zen do álbum, seduz logo a partir do primeiro tema, Odi et Amo. Os restantes quinze temas são também calmos. E estranhamente envolventes. Aqui e ali, um toque inspirado no Kronos Quartet. Quem gostar, pode partir para a descoberta do último álbum de Jóhannsson, Fordlândia (2008).

Vale mesmo a pena.
As coisas raras são sempre muito mais interessantes.


Para descobrir:
Álbum Englabörn no Deezer
Álbum Fordlândia no Deezer
Vídeo de The Rocket Builder
Site oficial de Jóhann Jóhannsson