Na sua terceira longa-metragem, Jim Jarmusch agarrou em Tom Waits, Roberto Benigni e John Lurie e meteu-os numa prisão de Nova Orleães. O resultado só podia ser um filme estranho, mas irresistível.
Filmado num preto e branco impecável, fotografado com rigor, por Robby Muller, Vencidos pela Lei, considerado um dos mais importantes filmes do cinema independente norte-americano dos anos 80, respira música.
As canções são do próprio Waits, aqui um DJ de rádio desempregado apanhado a roubar um carro, e de Lurie, um proxeneta caído numa cilada. Benigni, em início de carreira, faz de Benigni e está tudo dito sobre a sua personagem, Roberto, que matara um homem atirando-lhe com uma bola de bilhar à cabeça.
As canções são do próprio Waits, aqui um DJ de rádio desempregado apanhado a roubar um carro, e de Lurie, um proxeneta caído numa cilada. Benigni, em início de carreira, faz de Benigni e está tudo dito sobre a sua personagem, Roberto, que matara um homem atirando-lhe com uma bola de bilhar à cabeça.
Os três acabam por fugir da cadeia. Mas o filme, em vez de se centrar na "fuga", joga com a dinâmica, por vezes delirante, entre as três personagens. A certa altura, de forma sibilina, Jarmusch confunde-nos: terão mesmo conseguido fugir da cadeia ou aquilo não passaria de uma fantasia de Roberto, que, a certa altura, desenha uma janela na parede da cadeia? O terreno nas imediações da prisão é pantanoso.