Laurie Anderson é uma sessentona fascinante, única, inimitável. Artista visual, compositora, poeta, fotógrafa, realizadora, perita em electrónica, vocalista e instrumentista, experimentalista, excelente contadora de histórias, dona de um sentido de humor irresistível e de um sorriso adoravelmente matreiro, esta nova-iorquina anda há quase trinta anos a explorar os caminhos da tecnologia na criação musical. Excertos do álbum, belíssimo, Life on a String:
O seu primeiro álbum, Big Science (1982), faz agora 25 anos e, por isso, acaba de ser lançada uma edição comemorativa. Trata-se de um álbum intemporal. Tem um quarto de século como podia ter 25 dias. É de lá que sai este clássico absoluto, O Superman:
Hoje à noite, Laurie leva ao Theatro Circo, Braga, o espectáculo Homeland, título do seu próximo álbum. Algures entre um poema épico, uma peça e um concerto multimédia, Homeland fala «da cultura dos automóveis todo-o-terreno, dos bloggers, da solidão e da vigilância através de circuitos de televisão, usando as linguagens sintéticas da tecnologia e a linguagem sensual da escrita de canções e da poesia para olhar para os reality shows, o totalitarismo de estilo americano, o sentimentalismo, as imagens fugazes do império.»
Adivinhem quem não vai faltar.