março 24, 2007

Sócrates, Woody Allen, cinema, filosofia

Vou a meio e estou a gostar muito de O Que Sócrates diria a Woody Allen, livro em que Juan Antonio Rivera, professor catedrático de filosofia na Universidade de Barcelona, disserta sobre cinema e filosofia, duas paixões eternas.

Sinopse: “O que Sócrates diria a Woody Allen” é um livro que relaciona de um modo muito sugestivo questões que afectam profundamente as pessoas no seu dia a dia (o amor, a felicidade, o destino, a vontade, o desespero, a morte, etc.), e pensadas por filósofos como Sócrates, Platão, Kant, Nietsche, com grandes clássicos do cinema que as explicam (desde Citizen Kane e Casablanca até Hannah e as suas Irmãs, Matrix e Desafio Total, por exemplo). É uma obra que interessa ao público que gosta de cinema e a todos os que se preocupam com aquelas questões existenciais. O original espanhol ganhou um importante prémio e foi um best-seller em Espanha com sucessivas edições.» (Fnac)

Primeira citação sublinhada, a propósito do filme Há Lodo Cais, de Elia Kazan: «Esta é uma das vantagens do cinema como campo de treino para a discussão filosófica: a capacidade de nos proporcionar exemplos ricamente diferenciados para podermos apreciar um mesmo assunto de ângulos diferentes; e para distinguirmos os matizes que uma especulação mais abstracta e distante de uma ficção específica - que nos é oferecida assim e não de outra forma - não nos permitiria talvez apreciar, ou pelo menos não com tanta nitidez.»

Sei bem que o ritmo dos tempos que vivemos são pouco dados, quer à filosofia, quer à verdadeira fruição das imagens em movimento. Mais: ao nível do ensino, a filosofia vive autênticos dias de cerco. Livros como este são, por isso, de acarinhar com todo o empenho.