Esta charada de enorme alcance tem, para além dos efeitos que já se conhecem (aumento, em vez de diminuição, do terrorismo, desestruturação total de um país e efeitos colaterais nefastos em toda a região, etc.) um impacto devastador na já de si cínica relação entre governantes e governados, sobretudo nos países promotores desta guerra cega e insensata.
Se chefes de Estado ou de governo embarcam com esta leviandade em aventuras brutalmente estúpidas, se, à vista de todos, se recusam a ver o mais óbvio, se provocam milhares de mortes em vão, se mentem com quantos dentes têm para atingir objectivos obscuros, ainda por cima convencidos de que estão a fazer uma grande coisa, que há-de ser de nós, pobres cidadãos do mundo?
É este tipo de gente que põe as democracias no cadafalso.