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Em termos de visibilidade mediática (notícias, críticas), tratou-se de um concerto quase clandestino. Mertens não é indie nem é heavy. Alguns situam-no entre o new age (coisa horrorosa de se dizer) e o minimalimo. Tem, pois, vida difícil nos dias noise que correm. O All Music Guide despacha-o com um parágrafo de biografia.
O álbum Un Respiro, mais um (de uma vasta discografia) em que Mertens recorre ao falsete da voz para complementar o seu pianismo peculiar, foi o mais tocado neste concerto.
Cito o blogue do Theatro Circo: «Em “Un Respiro” ouvimos a paixão de Mertens pela voz, que apresenta não como um instrumento mas como guia para o piano, procurando sempre e apenas a expressão pura. “Un respiro” é o sexto álbum de estúdio como pianista/cantor a solo. Através deste seu novo trabalho, podemos sentir como, actualmente, o processo de composição pode estar fortemente associado à própria performance; tal como a performance e o acto de cantar/tocar são inseparáveis e acabam por criar um único evento.»
A parte final serviu para adocicar os aplausos. Mertens tocou temas de álbuns mais "acessíveis", como Jardin Clos. Perdi a conta aos encores.
A ver e ouvir:
Página oficial de Wim Mertens
Wim Mertens ao vivo (YouTube)
"Un Respiro" (Imeem)