Um dos meus maiores desgostos enquanto melómano é nunca ter tido a oportunidade de assistir a um concerto do Frank Zappa, músico inclassificável (no bom sentido, claro) e que os deuses (quem terão sido os diabos?) resolveram retirar de cena muito antes do tempo.
Em palco, Zappa era grande, corrosivo, concentrado, descontraído, exigente e desconcertante. E maestro, com batuta e tudo. Se houver dúvidas, veja-se o DVD Zappa in Barcelona, que apareceu por aí no mercado há não muito tempo.
Trata-se de uma gravação da TVE, feita em 1988, que não prima, nem pela qualidade do som, nem pela da imagem. No entanto, é um registo magnífico que nos mostra como eram os concertos do músico norte-americano, nos quais não faltavam nunca tiradas humorísticas, regadas a ironia e sarcasmo, e peças de roupa interior feminina atiradas para o palco.
Zappa faz-se acompanhar aqui de alguns músicos fundamentais que gravaram com ele, sobretudo nos anos 80 (com as vozes de Ike Willis e Mike Keneally à cabeça), mas aposta num reforço assinalável nos metais e na percussão electrónica.
Com uma dúzia de músicos em palco, Zappa brinda-nos com um profissionalismo a toda a prova na exploração das suas difíceis variações musicais, em que se nota o dedo do seu grande inspirador, Edgard Varèse. Destaque para uma versão de 18 minutos do clássico The torture never stops, do álbum Zoot Allures, e para um Bolero, de Ravel, irresistível.
Em palco, Zappa era grande, corrosivo, concentrado, descontraído, exigente e desconcertante. E maestro, com batuta e tudo. Se houver dúvidas, veja-se o DVD Zappa in Barcelona, que apareceu por aí no mercado há não muito tempo.
Trata-se de uma gravação da TVE, feita em 1988, que não prima, nem pela qualidade do som, nem pela da imagem. No entanto, é um registo magnífico que nos mostra como eram os concertos do músico norte-americano, nos quais não faltavam nunca tiradas humorísticas, regadas a ironia e sarcasmo, e peças de roupa interior feminina atiradas para o palco.
Zappa faz-se acompanhar aqui de alguns músicos fundamentais que gravaram com ele, sobretudo nos anos 80 (com as vozes de Ike Willis e Mike Keneally à cabeça), mas aposta num reforço assinalável nos metais e na percussão electrónica.
Com uma dúzia de músicos em palco, Zappa brinda-nos com um profissionalismo a toda a prova na exploração das suas difíceis variações musicais, em que se nota o dedo do seu grande inspirador, Edgard Varèse. Destaque para uma versão de 18 minutos do clássico The torture never stops, do álbum Zoot Allures, e para um Bolero, de Ravel, irresistível.