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Ainda na última Visão, João Mário Grilo escrevia, certeiro, sobre o assunto: «Há cada vez mais gente (e cada vez mais nova) saturada da monotonia americana e da progressiva inércia do seu cinema. Por paradoxal que possa parecer, é na reforma total deste quadro antigo e viciado que o cinema americano poderá encontrar condições para se libertar dos seus próprios bloqueios, afastando-se de rotinas e receitas comerciais completamente estafadas, que devem muito menos à arte e à criação do que à incompetência de funcionários e executivos sem chama, cujos gostos e interesses se replicam depois, como um vírus, pelo mundo inteiro, acolhidos pelo laxismo e temor dos diferentes governos nacionais.»